Coronavirus poe de pernas pro ar os preços das passagens
Neste 11 de março a Organização Mundial de Saúde, declarou que o surto do novo coronavirus (o Covid-19) se tornou uma pandemia, isto é, se espalhou para a maioria dos países do mundo, afetando dezenas de milhares de pessoas, com mais de 3400 mortes contabilizadas ao redor do planeta.
Mas duas semanas antes dessa determinação da OMS, o mercado de voos internacionais (e em alguns países, também o mercado de voos nacionais) já estava refletindo o problema, pois ele já afetava o volume de passageiros que comprava passagens aéreas.
Na semana passada, quando o ABC Viagens começou a pesquisar os preços para Europa e Estados Unidos – vide nossa PPP Contínua – constatamos uma total inversão dos custos para os voos mais próximos, que ao invés de subirem, por causa da pressão de muitas compras, na verdade estavam muito baixos, fazendo com que os preços ficassem muito mais baratos que o esperado, por causa da queda significativa da procura, seja por medo das pessoas em viajarem para locais com grande incidência dessa doença, seja por restrições à pessoas de certas origens e/ou para certos destinos.
Se você quer entender e saber mais detalhes dessa doença, um relatório sério e completo, cheio de estatísticas atualizadas – pode ser encontrado no Our World in Data (em inglês).
O Infográfico abaixo é totalmente interativo. Você pode mudar a data inicial, incluir ou excluir países, ver como Mapa Mundial ou por Continente.
Esteja à vontade para interagir com os dados da “Our World in Data”
Embora alguns estejam perplexos com essa situação – dos preços terem baixado muito, quando a viagem é para poucos dias ou semanas da data da compra, na verdade isso é apenas a lei da oferta e procura: com procura baixa, as companhias aéreas tem que ajustar seus preços para baixo, para poder continuar vendendo e portanto encher mais seus aviões, tentando manter, pelo menos, a cobertura das suas despesas nesse momento.
Deixando de bla-bla-bla vamos a seis exemplos práticos, tyanto para a Europa, quanto para os Estados Unidos, vamos nos referir à nossa PPP Contínua:
Caso 1: viagem entre São Paulo e Madrid
Em 2 de fevereiro o custo para uma viagem em 2 de maio era de US$856 (média de quatro empresas que fazem esse trajeto em voos diretos). Agora (em 2 de março) o preço da passagem para o mês de maio era de apenas US$ 504 (-41,1%) – se mantivermos a antecipação dos mesmos três meses que o exemplo anterior, portanto para 2 de junho, o custo será ainda mais baixo, de US$ 485 (-43,3%).
Caso 2: viagem entre São Paulo e New York
Em 2 de fevereiro o custo para uma viagem em 2 de maio era de US$883 (média de três empresas que fazem esse trajeto em voos diretos). Agora (em 2 de março) o preço da passagem para o mês de maio era de apenas US$ 573 (-35,1%) – se mantivermos a antecipação dos mesmos três meses que o exemplo anterior, portanto para 2 de junho, o custo será ainda mais baixo, de US$ 514 (-41,8%).
Portanto a lei da oferta e da procura derrubou os preços para quase a metade do que estavam há um mês atrás, sem a pandemia atingindo as empresas aéreas.
Portanto se você precisa viajar para os destinos afetados, não tem medo da nova doença, ou é obrigação do seu emprego, esta é a hora de economizar pesado, mas lembre-se de tomar muito cuidado, e não esqueça de – ao retornar para seu lar – de não vir espalhando a doença para seus parentes, amigos ou colegas de trabalho.
Olá, gostaria de saber quando poderemos voltar a viajar para a Itália ou França
Vários países europeus devem liberar a entrada de brasileiros em seus países a partir do dia1º de maio. Em geral com obrigatoriedade de um período de 10 a 14 dias de quarentena – o que não é uma boa para quem está a passeio.
Todos vão exigir o teste negativo de PCR também.
Mas o melhor é vc consultar a empresa aérea que desejas usar para sua viagem, e ver se tem voos para seu destino e quais as condições para sua entrada no país. Em muitos casos não tem mais voos diretos, ainda.