Alta dos Preços das Passagens Aéreas

Alta dos Preços das Passagens Aéreas

Neste ano de 2022 alguns fatores explicam os inacreditáveis aumentos das passagens aéreas, seja para voos dentro do Brasil, seja para voos internacionais. São razões fortes, e que parecem que vão manter os preços altos por muito tempo mais.

Em outubro passado compramos passagens São Paulo – Madrid, para o mês de fevereiro. Pagamos pouco menos de R$ 13.000 por duas passagens de ida-e-volta, na classe Econômica Premium, com uma duração de 18 dias. Em fevereiro, pesquisando novas passagens para junho (ou seja com o mesmo período de antecedência, pela mesma companhia aérea), o preço já estava em quase R$ 17.000 – ou seja cerca de 31% de aumento.

De lá para cá esses preços não pararam de subir. Por que?

Confira uma análise da influência desses fatores sobre os preços das passagens.

» Preço do Querosene de Aviação

O preço do combustível dos aviões já acumula uma alta que supera um pouco os 100% (ou seja mais que dobrou de preço) no período de 12 meses (comparação válida para junho segundo a ANP).

» Inflação no Brasil

Com relação à inflação, e segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (no caso o IPCA-15) os aumentos totalizam mais de 123% nos últimos 12 meses.

» Guerra Rússia – Ucrânia

Este foi o principal impulsionador dos dois fatores acima, causando aumento de comodities, incluindo aqui o petróleo.

» Aumento da Procura por Viagens após a Pandemia de Covid-19

A pandemia ainda não acabou, mas com o aumento da taxa de vacinação das pessoas, em praticamente todo o Mundo, os países levantaram muitas das restrições impostas nos primeiros dois anos da pandemia, e as pessoas – quase sempre mantidas sob restrições à circulação e à aglomeração – colocaram em andamento todos os sonhos de passeios que ficaram represados por tanto tempo. Isto aumentou a procura, e com isso o aumento dos preços, conforme explicamos neste artigo: Como Funcionam os Preços das Passagens Aéreas.

Por isso nossa recomendação sempre foi, mas agora mais ainda, de se planejar com boa antecedência (nunca com menos de 3 meses da data da viagem, mas também não com excessiva antecedência, no máximo com 9 meses de antecedência, como explicamos neste artigo: Yield Management ou Gestão da Oferta.

Mas tenha em mente que como consumidores inteligentes muito podemos, mas não podemos tudo. Assim sendo se suas pesquisas não mostrarem boas vantagens econômicas, tente adiar sua próxima viagem, até que todo o mercado se acalme, e com os fatores acima descritos eliminados, ou pelo menos sob um controle maior, ou então adie por mais um tempo. Uma hora, a nossa hora voltará!

Francisco Panizo

Engenheiro um dia, agora Analista de Informática, Amante dos Esportes a Motor, e mais recentemente Viajante com gosto.